PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES PARA PINTURA E INSPEÇÃO

22 junho, 2008

PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES
 
O desempenho de um revestimento anticorrosivo está diretamente ligado a escolha adequada do tipo de tinta e do adequado preparo de superfície. Uma superfície limpa, seca, isenta de contaminantes e ferrugem, é uma base perfeita para uma boa performance de um sistema de pintura. Alguns dos métodos de preparo de superfície estão aqui resumidos e deverão ser avaliados, determinando-se o grau de preparo mais adequado para diferentes situações.

Graus de Oxidação em Superfícies de Aço:

Grau A:
Superfície de aço com a carepa de laminação praticamente intacta em toda a superfície e sem corrosão. Representa a superfície de aço recentemente laminada.

Grau B:
Superfície de aço com princípio de corrosão, quando a carepa de laminação começa a desprender-se.

Grau C:
Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela corrosão ou poderá ser removida por raspagem ou jateamento, desde que não tenha formado ainda cavidades muito visíveis (pites) em grande escala.

Grau D:
Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada pela corrosão com formação de cavidades visíveis em grande escala.

Graus de Preparação em Superfície de Aço

Grau St2

Raspagem com raspadeira de metal duro e escovamento cuidadoso a fim de remover a laminação, óxido e partículas estranhas. Após a limpeza a superfície deverá ter suave brilho metálico.
• Este padrão não se aplica às superfícies de Grau A.
Para os demais graus de intemperismo os padrões de limpeza são:
B St2, C St2 e D St2.

Grau St3

Raspagem e escovamento com escovas de aço, de modo cuidadoso. Após a limpeza deverá a superfície apresentar pronunciado brilho metálico.
• Este padrão não se aplica às superfícies de Grau A.
Para os demais graus de intemperismo os padrões de limpeza são:
B St3, C St3 e D St3.

Jateamento abrasivo ligeiro (Brush-off)

Grau Sa 1

O jato de move rapidamente sobre a superfície de aço a fim de remover as escamas de laminação, óxido e possíveis partículas estranhas.
• Este padrão não se aplica às superfícies de Grau A.
Para os demais graus de intemperismo os padrões de limpeza são:
B Sa 1, C Sa 1 e D Sa 1.

Jateamento abrasivo comercial

Grau Sa 2

Jateamento cuidadoso a fim de remover praticamente toda a laminação, óxido e partículas estranhas. Caso a superfície apresente cavidades (pites), apenas ligeiros resíduos poderão ser encontrados no fundo das cavidades, porém 2/3 de área de uma polegada quadrada deverão estar livres de resíduos visíveis. Após o tratamento a superfície deverá apresentar uma coloração acinzentada.
• Este padrão não se aplica às superfícies de Grau A.
Para os demais graus de intemperismo os padrões de limpeza são:
B Sa 1, C Sa 1 e D Sa 1.

Jateamento abrasivo ao metal quase branco

Grau Sa 2 1/2

O jato é mantido por tempo suficiente para assegurar a remoção da laminação, ferrugem e partículas estranhas, de tal modo que apenas possam aparecer leves sombras, listras ou descoloração na superfície. Os resíduos são removidos com aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo ou escova limpa. Ao final da limpeza 95% de uma polegada quadrada de área deverão estar livres de resíduos e a superfície deverá apresentar uma tonalidade cinza clara.
Para os diversos graus de intemperismo os padrões de limpeza são:
A Sa 2 1/2, B Sa 2 ½, C Sa 2 ½ e D Sa 2 1/2.

Jateamento abrasivo ao metal branco

Grau Sa 3

Jateamento abrasivo perfeito, com remoção total de laminação, óxido e partículas estranhas.
Finalmente se faz a remoção dos resíduos com aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo ou escova limpa. Após a limpeza a superfície deverá apresentar uma cor cinza de tonalidade muito clara e uniforme, sem listras ou sombras.
Para os diversos graus de intemperismo os padrões de limpeza são:
A Sa 3, B Sa 3, C Sa 3 e D Sa 3.

Referências:
NATIONAL ASSOCIATION OF CORROSION ENGINEERS – NACE- www.nace.org
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CORROSÃO- ABRACO – www.abraco.org.br
ADVANCE TINTAS – FABRICANTE DE TINTAS – www.advancetintas.com.br
ANCOBLAST – EXECUTA PINTURAS, JATEAMENTOS, TRATAMENTOS DE SUPERFICIE – www.ancoblast.com.br


CORROSÃO BIOLÓGICA – IDENTIFICADA BACTÉRIA

20 junho, 2008

Manter tubulações de aço cheio de água poderia, em tese, livrá-los da oxidação, dada a ausência de oxigênio. No entanto, isso nem sempre acontece e, com freqüência, mesmo sob essas condições, o ferro é atacado por bactérias anaeróbicas, logo, adaptadas a ambientes sem oxigênio.

Tal fenômeno de oxidação é comumente chamado de biocorrosão anaeróbica, sendo conhecido há anos e temido, por exemplo, nas tecnologias de perfuração de campos de petróleo. Contudo, menos conhecidas são as responsáveis por esse mecanismo de biocorrosão.

Agora, cientistas do Instituto Max Planck de Microbiologia Marinha, de Bremen (Alemanha), aliados a especialistas em pesquisa siderúrgica de Dusseldorf, também na Alemanha, descobriram outras `vilãs`: bactérias que corroem o ferro e que são mais rápidas que as conhecidas até então.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature (2004). As experiências levadas a cabo mostram que tais bactérias `roubam`, de modo ainda desconhecido, elétrons do ferro, o que leva à corrosão.

Fonte: Agência Brasil Tags: Corrosão Biológica, Biocorrosão, Oxidação, Bactérias, Aço, Ferro.